Há muito tempo vejo algumas pessoas, inclusive advogados, dizerem que a Lei Pelé, dando Liberdade ao atleta de futebol, acabou com uma grande receita que os clubes possuiam.
Antes a Lei do Passe obrigava o atleta a permancer no clube, mesmo que seu contrato de trabalho estivesse encerrado. Para sair desse clube, estava totalmente nas mãos de cartolas clubísticos que faziam o que queriam e o que não queriam.
Era uma luta para um atleta conseguir sua liberação.
Com a nova Lei, onde o contrato deve ter no mínimo 3 meses e no máximo 5 anos, com multa rescisória, o atleta a qualquer momento pode se desvincular do clube que atua para objetivar algo que lhe julga melhor.
Nada mais justo, visto que como um trabalhador, tem o direito de escolher o melhor para a sua vida.
Fato que com essa lei surgiram duas questões. Os direitos federativos, que são e sempre serão 100% do clube o qual o atleta atua, pois é um direito de registro na Federação e os Direitos Econômicos.
Esse tal de direito econômico, que atualmente é chamado de pizza, é a parcela que cada um possui sobre a multa rescisória do atleta com o clube.
Um percentual é do atleta, outro do empresário que lhe representa e também existem os terceiros que muitas vezes são investidores.
O atleta, muitas vezes pouco esclarecido culturalmente, pouco estudo e tentando se focar 100% na prática esportiva, delega a seu empresário os poderes de negociação. Muitas vezes para não se desgastar com a diretoria do clube que joga, outras por não possuir conhecimento, em outros casos por não ter grandes contatos no mercado e assim por diante.
Nesse mundo de grandes negociações os empresários aproveitaram a grande oportunidade de representar um atleta que envolve muito dinheiro e tornaram, para muitos, o "bode espiatório".
Vamos a conclusão.
Se o atleta fosse pelo menos 80% competente para gerir sua carreira, dentro e fora das quatro linhas, não existiriam os seus representantes. Estariam sempre com o poder em suas mãos. Os clubes negociariam diretamente com eles. Os empresários pouco existiriam e esse "blá blá blá" nunca teria virado assunto.
Na minha conclusão é que o mundo é de oportunidades e o grande culpado dessa divisão da pizza é o próprio atleta e a sociedade o qual vive e por não ter um amparo educacional não consegue correr e pensar ao mesmo tempo.
Óbvio que existem as exceções.
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