terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Ahhhh, se todo Ricardo fosse Boechat!

Mais de três anos se passaram da morte do meu avô paterno. Gostava de notícias. Comprava o jornal todos os dias e com 80 e cacetada começou a usar a internet para se informar.
Para os netos era uma mistura de surpresa e "deboche".
Mas não era disso que eu queria falar. O Velho falava, se no jornalismo podemos acreditar em alguém é no Boechat.
Eu já o conhecia, sou jornalista, mas sou "andarilho" da informação. Vou de lá pra cá, sem me prender a alguém.
Antes de dormir, ao deitar, ainda tenho o costume de colocar o fone de ouvido e ouço a CBN. Primeiro por que gosto, segundo por que da sono.
As vezes com a programação chata, mudava pra Band News e ouvia o Simão e o Boechat, reprise do dia.
Nao sou fã do Simão, mas gosto de algumas brincadeiras inteligentes, mas na verdade eu gostava de ouvir o contra ponto do Boechat.
Assim fui parando na estação ou no canal quando ali estava ele se pronunciando.
Ele "Boechava" verdades, "Boechava" sentimentos, ele Boechava.
Por tudo que li e ouvi, ontem, dos seus colegas, Ricardo Boechava alegria, Boechava bom humor, Boechava vontade de Justiça.
De fato um jornalista, é ensinado a ser o mais verdadeiro e imparcial possível, devendo ter opinião própria e não temer a verdade, doa a quem doer.
A partir de hoje, o Jornalismo precisará se adaptar.
O aprendiz na comunicação, na reportagem, seja lá qual for sua função, deverá aprender a Boechar.
Quer ter sucesso? Tente, no mínimo, conjugar sua carreira no presente e saiba Boechar quando estiver com a caneta ou microfone nas mãos.
Boechat não morreu, virou história, virou verbo, no passado, no presente e no futuro.
Eu Boechei, Eu Boacho e Eu Boacharei.
Quem tem história e vira referência, não morre, apenas da uma pausa na vida.


Thyago Pompeo Luques