Quando os times que estão próximos ao nível do mar, até 2.000 metros, precisam viajar para jogar contra algum clube na altitude, mais de 2.500 metros, começa o desespero.
É inevitável os comentários, o planejamento e as estratégias para se evitar ao máximo o efeito da altitude.
Essa semana, pela Copa Libertadores da América tivemos a prova viva disso.
No jogo de ida na Bolívia, o Santos sofreu com várias situações.
Clima ruim, torcida jogando coisas nos jogadores e a altitude. 2 x 1 para o Bolívar.
Na cidade de Quito, semana passada, também na altitude, o Deportivo Quito venceu o Universidad de Chile, por 4 x 1.
Praticamente carimbada a vaga para as quarta de final, certo?
ERRADO
Em ambos os jogos quem venceu não foi o futebol e sim a altitude.
Nos jogos de volta, sonoras goleadas.
O futebol mostrava a sua força contra essa tal de Altitude.
O Santos goleou. Fez 8 x0 no fraco Bolívar.
A Universidad de Chile, fez 6 x 0 no Deportivo Quito.
Impiedosos.
Não há o que se discutir.
Mas o que é essa altitude? O que ela provoca?
Altitude:
O grande problema das grandes escaladas, altitudes, está relacionado à
respiração. Trata-se do que os alpinistas chamam de "Mal das Montanhas".
Ele pode se manifestar de diferentes formas e em diferentes graus,
variando de acordo com as características de cada organismo, mas o fato é
que está sempre relacionado à falta de oxigênio.
Na verdade, o ar na montanha não tem menos oxigênio do que o ar ao nível
do mar. O problema está na captação deste oxigênio. "Seja a 8000 m ou
em Santos, a porcentagem de oxigênio no ar é a mesma, cerca de 30%.
Contudo, a pressão parcial do ar atmosférico diminui com a altitude",
explica o médico Ricardo Yoshio, do Centro de Medicina da Atividade
Física e do Esporte (Cemafe) da Unifesp. Para se adaptar a essa baixa
pressão atmosférica o corpo de auto-regula, aumentando a freqüência
respiratória. Portanto, à medida que se sobe a montanha, a captação de
oxigênio para os tecidos torna-se mais difícil, e ocorrem sintomas como
dores de cabeça, náuseas, lentidão de raciocínio, dores musculares,
fadiga e taquicardia.
Por mera adaptação física, a pressão dos gases dentro do corpo (seja no
sangue, entre as articulações ou nos pulmões) aumenta. Desta diferença
de pressão decorrem os problemas mais sérios do alpinismo, em geral em
altitudes superiores a 4000 m. A alta pressão do ar no corpo pode causar
edemas cerebrais, pulmonares ou oculares. Esses problemas se
intensificam se a escalada acontecer muito rápido, dificultando a
adaptação do corpo à diferença de pressão.
Por esta razão, é fundamental realizar a "aclimatação", ou seja, dar
tempo para o corpo se adaptar às diferentes condições do ambiente. Em
geral, quando se passa dos 2800 m, este processo de adaptação já se
mostra necessário. Após 24 horas em um local mais alto, o corpo começa a
sentir o efeito da mudança de altitude. Após 2 semanas neste novo
ambiente, o organismo "aclimata-se", controlando os efeitos da
transferência. "É por isso que nos jogos de futebol em La Paz, por
exemplo, os jogadores chegam horas antes do jogo. Assim, o efeito da
altitude só é sentido após a partida", define o professor Luciano
Capelli, da Unifesp.
Mas a velocidade da bola muda em muito.
Fonte: Site TERRA - www.terra.com.br
APOIO
GANHE DINHEIRO DIVULGANDO! DESCUBRA COMO CONSEGUIR!
ACESSE JÁ - http://www.frpromotora.com/44643342